um velho amor

Fazia cinco anos que não dava tanto valor à ela, que não lembrava que fazia tudo graças a ela. Ela que me fazia escrever, ela que fazia eu me alimentar, ela que me dava forças pra trabalhar, ela que me guiava por aí, ela que me dava prazer, dava carinho, não me deixava atrasar.

Era por causa dela que eu conseguia parar os despertador, abrir a porta de casa, chamar o elevador, entrar no carro e sair dirigindo onde quer que eu vá. Era por causa dela que eu conseguia andar de bicicleta sem cair.

Hoje, qualquer abraço sinto falta dela, qualquer carinho que quero dar é dela que me lembro. Pegar, tocar, passar a mão, impossível sem ser com ela. Até o banho é uma atividade difícil sem tê-la.

Mais que uma inspiração para eu escrever, mais que uma inspiração pra esse texto. Se não fosse por ela, nenhuma dessas linhas aqui estariam. Agora relato aqui a dor de sua ida, mesmo que por um curto período.

Espero que você logo volte e a dor amenize, para que eu volte a normalidade. Para que seja mais fácil trabalhar, estudar, me alimentar. Para que eu não fique urrando de dor na hora de dormir, e assim até mesmo meu dia se torne mais simples.

Espero que sares logo, minha querida mão direita, que há tantos anos me proporciona experiências incríveis. Que essa tala que te envolve não seja um cárcere por mais que uma semana e voc6e volte a respirar livre, leve e solta.

SINTO SUA FALTA!!!

Pra quem não sabe, ontem sofri um acidente de trabalho, escorregando numa poça d'água e fraturei o meu punho direito. A dor tá grande, mais pela perda da mão do que pela dor propriamente dita.