O cheiro da flor

Como hoje é o dia da mulher não poderia deixar de escrever à ela, ou melhor, à elas, sobre o que mais marca na existência, o perfume que deixam pelo ar, perfume que enebria, que vicia, que enlouquece, que mata pela saudade, que nos deixa presos a sua existência e sua lembrança.
Desculpe-me ter criado um texto que não elogia, que não enaltece, que não descreve a data de hoje, mas dizem que o cheiro é o que atrai as pessoas, é o que faz a paixão se tornar amor.
E, como sem as mulheres e sem a paixão não teria sentido dizer que hoje é o dia internacional da mulher, fica um pequeno texto sobre o cheiro que me fez apaixonar, sobre o perfume que me faz amar.



Perdi as contas de quantas vezes fui enebriado por esse olor; de quantas foram as chances de viciar em seu perfume.
Agora que estás distante sinto teu cheiro aninhado ao meu peito, como se aquele abraço durasse para sempre, como se suas pétalas tocassem a minha pele.
Sinto o calor de sua existência, a lembrança de seu corpo, de seus braços, que agora almejo como se tão longínquos de mim.
Não sei como descrever o sentimento que me traz, a sensação que me remete, assim como às vezes me faltam palavras para dizer o quanto te espero, o quanto te desejo, o quanto te quero, portanto, encerro esse texto com meu silêncio, com a viagem pelo vale das lembranças, com o seu sorriso em minha mente e o seu perfume em meu corpo.
Desculpa se alguém esperava um texto de verdade... Mas sou obrigado a parar de escrever para contemplar o perfume que ficou pelo ar, como se fosse real a onipresença da pessoa amada!!!