Tá na hora, tá na hora...



É meus amigos, quantas vezes na nossa vida a gente se depara com horários, nossa vida se restringe a hora disso, hora daquilo, hora pra isso, hora praquilo... Hoje marcamos hora pra nascer, hora pra morrer, hora pra brigar, hora pra amar, hora pra trabalhar, hora pra descansar, hora pra comer, hora de dormir, ora bolas...

Quem não ouviu dizer que todos devemos nos curvar a um ritual onde quem manda é o relógio, que devemos programar nossa agenda de forma a contemplar todos os nossos afazeres.. Criamos a hora do futebol, a hora do inglês, a hora do balé da filha e até mesmo a hora de ver televisão. Como seria se pudéssemos jogar a agenda fora e seguir nossos próprios horários?

Hoje buscamos escolher o dia e o horário que nossos filhos irão nascer, assim como o estado busca a hora de condenar um prisioneiro a sua pena de morte (óbvio que não falo do Brasil, pois se falasse diria que existe hora pra fugir da prisão). Muitas pessoas, consumidas pela agenda, esquecem de amar a todo momento e marcam a hora certa para estar com seus parceiros ou parceiras, como se fosse mais um compromisso.

Antigamente o homem não necessitava se preocupar com o seu relógio, nem mesmo com o que deveria fazer. Se tinha fome, sairía para comer ou caçar; se necessitasse dormir, deitaria no primeiro lugar que pudesse servir para descansar o corpo cansado. Hoje, contudo, criamos obrigações como os outros e com nós mesmos que servem ao tempo não no contexto original.

Tempo não se refere ao que passa e sim ao que o relógio mostra, não mais dia e noite e sim horas do dia, horas da noite, segundos passados, minutos que estão por vir. Até que ponto é certo vivermos assim?
Deveríamos seguir o tempo de nosso corpo, o tempo necessário entre uma coisa e outra. Se tenho fome, como; se tenho sono, durmo; se tenho alguém amo; se preciso de um rápido descanso, sento; e assim por diante.

Não sei até que ponto as engrenagens de nosso mundo se manteriam rodando se vivessemos assim, mas o certo é que seríamos todos mais feliz. Não seríamos mais escravos de nós mesmos, e sim seres livres, que afagam as suas necessidades quando as mesmas surgem, mas volto a perguntar, até onde tudo isso é certo?

Comentários

Solange Maia disse…
Fabio,

Vamos jogar fora nossos relógios ?
Já joguei...

Adorei sua visita em meu blog, fiquei feliz, feliz... valeu !

Beijo carinhoso !

Solange

http://eucaliptosnajanela.blogspot.com
Anônimo disse…
Fábio, me perdoe, tirei seu link da minha lista pq estava desatualizado. Ficou maior tempo sem postar, aí eu tirei, mas vejo que voltou, e com força total. Isso significa que esse blog vai continuar.
Adorei que tenha voltado!
Vou linká-lo imediatamente no Perfume e nos meus outros dois blogs, pois você escreve muito, já te falei isso.
Beijão!
Lu
Anônimo disse…
Pronto, já fui lá, linkei nos três blogs e voltei aqui pra ler os posts.

Postagens mais visitadas