O Último Suspiro

O médico entra pela sala de cirurgia e anuncia:
-Senhores, este que aqui se encontra não anda muito bem da saúde, temos algum familiar presente?
Entreolharam-se os presentes e ninguém se pronunciou.
-Algum amigo? Algum conhecido? Algum acompanhante, ou mesmo alguém que já o viu?
-Acho que teremos que sacrificar o paciente. Alguém sussurrava ao fundo.
-Espera. Gritou um pobre rapaz que vinha ao encontro do paciente. Acho que posso fazer algo pelo meu amigo.
Exatamente nessa hora o coração parava de pulsar, a respiração estava difícil, e por um instante era dado como morto.
Mas como em um último impulso o pobre rapaz impôs todos seus esforços para ressuscitar o velho amigo e assim foi... Devagarinho, provavelmente a respiração seja reestabelecida, o coração volte a bater, o quadro se estabilize, os amigos comecem a visitar e o blog a crescer.
Não espero que meu pequeno amigo aqui seja melhor do que foi, mas espero que ele consiga um espaço entre os outros como ele. Não espero transformá-lo no mais forte ou no maior, mas apenas não quero que ele fique sozinho nessa hora difícil. Espero que ele possa ser apreciado por várias pessoas e que se algum dia ele andar mal das pernas possa ter alguém pra olhar por ele ou para ele. Ou melhor ainda, olhar através dele e me enxergar, tentar compreender o que se passa nesse emaranhado de fibras nervosas que se prolongam pelas fibras óticas que levam a internet e um pouco de mim a todos.
Mais do que dizer que estou de volta, gostaria de pedir desculpa a esse meu amigo que aceita tudo que escrevo, que deixa eu publicar através dele qualquer coisa que eu queira levar ao mundo.
Gostaria de continuar levando pra vocês que leem o meu amigo, textos simples sobre o cotidiano. Tá certo que tenho tendencias a florear o que quero dizer, mas isso não vem ao caso, só quero que todos possamos enxergar a beleza que existe em coisas simples como viver o dia-dia.